domingo, 12 de dezembro de 2010

Passagem

Esperando na fila há dias, já não se sente mais dor,
Sede ou fome.
O silêncio fúnebre e a lembrança de seus pecados,
Te consome.
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Aquela canção murmurada torna a ecoar
É o barco se aproximando.
Todos sabem a regra que rege o lugar:
"Um viajante a bordo e a Morte remando"
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Aos poucos chega a sua vez
E você implora por piedade
Mas tudo isso, é só o início da eternidade
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A travessia custa-lhe os olhos da cara
Na outra margem, todos que pedem a mão, tomam-lhe o braço
Numa terra cheia de todos que queriam tudo,
O perdão é excasso

Um comentário:

  1. tenho que assumir que gostei, ams você nao pode mostrar essas coisas sem um "aviso" de que há "perigo filosofico a frente" (no sentido de risco eminente de se pensar) beijos pessoa que está deveras distante.. vou pegar esfirra.. jaja faço o almoço... compra coca-cola? (olha, fiz uma musica do belchior!)

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