quarta-feira, 17 de junho de 2009

Sem Título

O vento frio ruge
A chuva gélida corre

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O carro passa indiferente
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Um vulto negro aparece
O homem fraco estremesse
É conduzido inerte até o beco
Chora soluçante quieto
O cano da arma chega mais perto
A conversa é encerrada com vulto em negação
O choro agora toma som
O barulho seco da arma ecoa no ar
Ninguém parece escutar

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Outro carro indiferente
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O corpo seco e molhado
Congelado, sem coração
Sai do beco o assassino
Mais um na multidão

E todos os outros seguem suas vidas
Secos, molhados pela tormenta
Frios, sem coração

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Mais um carro indiferente.

Um comentário:

  1. Racionais JMjunho 17, 2009

    Pelo menos algo(inumano, ok) está rugindo... reta saber se o vento é esperto, se corre de nós - secos - ou contra nós - sem corações.

    Agora um cometário normal: amigoooo q bonito issso! (aquela q nem leu) vctem uma veia poetica mesmo eihn? epressou muito bem seus sentimentos!!!
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    Ouch.. Isso doeu. Talvez n sejamos tão frios assim. Talvez a multidão seja. E a multidão é indiferente aos que morrem, qnd os que morrem são mais um na multidão.. interessante... gostei disso.

    foi bom moore... espero por outros.

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