quinta-feira, 2 de julho de 2009

A Musica

A sua incrível habilidade de se perder agrava-se ainda mais naquela cidade; ruas mal iluminadas, inúmeros becos sem saída, placas inexistentes e informações mal dadas, tudo parecia querer atrapalhar aquela que seria uma simples missão.
Uma sensação de raiva parece te consumir enquanto você chuta as latas amassadas do chão, desvia dos mendigos deitados e pensa que toda aquela viajem – metade do país, fora para chegar ali e se perder, ou seja, para nada. E no momento exato em que você encontrava-se prestes a dar seu último suspiro de desistência e voltar para o Hotel que, como em um passe de mágika, ou talvez o destino, você vira a esquina e dá de cara com o Bar do Carl, finalmente.
Você se questiona se realmente algo tão magnífico poderia existir ali. Era um bar comum, jogado as traças, como todos os outros bares desta cidade, com o letreiro semi-apagado, uma lata de lixo transbordando, e uma mancha, que você identifica como sendo vômito. Sendo este o bar certo ou não, no mínimo você tomaria um Drink.
Parado na soleira da porta de entrada você sibila algumas orações desejando que aquele lugar seja o certo. Segura a maçaneta com força e a gira, saindo de um mundo escuro, feio, insalubre e melancólico para um lugar do qual você desejaria nunca sair.
O bar por dentro mostra-se ser totalmente diferente do que você vira lá fora, sendo compreensível a ponderação de que este seja o melhor lugar do mundo, estava apinhado de pessoas, mas mesmo assim confortável, como se o espaço ali fosse muito maior do que aparenta. De imediato você pede uma bebida, mesmo sem saber por que, apenas pede. Senta-se no balcão e percebe para onde toda a atenção daquelas pessoas estava voltada.
A musica, de olhos fechados, quase em transe, recitando acordes com o violão e entoando a voz dos melhores bardos. Lá estava ela, a tão falada, sentada em um banco de metal posto em um palco improvisado, levando calor a todos ali presentes.
E como era linda!, traços leves, serenos, cabelos pretos longos e ondulados, olhos azuis hipnotizantes, corpo magro, esquio, e principalmente a voz, definitivamente a mais bonita que você ouvira.
Você pede mais um drink. O show continua, e mesmo depois de horas todos continuam assistindo-a com a mesma perplexibilidade, incluindo você. A musica fluía, preenchendo o espaço vazio entre as pessoas, te desligando do mundo lá fora.
Como seus contatos haviam lha dito, o lugar era magnífico, ela era magnífica, a musica era magnífica.
A partir de agora você se tornou mais um, mais um peixe fisgado, mais um Animal engaiolado, mais um apaixonado por Juliet Miller. E lembre-se, você foi avisado.

5 comentários:

  1. Racionais JMjulho 03, 2009

    Hello Juliet
    Foi uma bela surpresa a forma como o texto foi montado. No entanto, acho que você pecou ao tentar ser exageradamente rebuscado.
    Não sei.. É bonito, mas talvez o leitor realmente passasse a acreditar em quão incrível é a Juliet se as sensações estivessem mais marcadas.
    Não estou conseguindo fazer elogios, merda! "É uma grande piada" que você ainda não esteja presente no seu próprio blog. Não sei.. Não sei.. Normalmente da uma vontade incrivel de reler seus textos... Mas não fui fisgada por esse.. Talvez, e apenas talvez, a culpa não seja do texto...

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  2. Racionais JMjulho 03, 2009

    Não sei se sou só eu que tenho dificuldades para postar meus comentários, mas deixa escrito em algum lugar que se isso acontecer deve-se tentar abrir este frame em uma nova janela, com o botão direito e tentar...
    Abraço

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  3. juliet só nao ahazou mais porque nao é loira. beijomeliga:*

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  4. quase q juliet nnca mais aparece... pena q a gente n continuou.. rss.

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  5. Cara amei amei amei,muito Lindo o texto
    By.:Aninha

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